Ducati 1199 Panigale S Senna brilhou na etapa do Superbike Series Brasil

Na segunda etapa do Superbike Series Brasil 2014, no autódromo de Interlagos, em São Paulo, meio que por acaso a equipe Ducati acabou rendendo uma bela homenagem ao ídolo Brasileiro Ayrton Senna.

Faltando pouco menos de trinta minutos para o início da corrida, o piloto Diego Pretel via sua motocicleta, uma 1199 Panigale R, aos cuidados dos engenheiros, que trabalhavam de forma alucinada para resolver problemas elétricos após a classificatória.

Com a correria tomando conta do box em busca de soluções que permitissem à motocicleta ir para a corrida, o cenário ficava cada vez mais tenso.

Até que o chefe da equipe, Brenno Floriano, teve uma ideia: por que não correr com a 1199 Panigale S Senna? “A motocicleta estava lá, em exposição, por conta do evento de lançamento oficial em tributo ao piloto Ayrton Senna. Não tivemos dúvida e iniciamos os preparativos”, comenta Floriano.

Porém, se a ideia era muito boa, colocá-la em prática não seria tão simples, pois apesar da 1199 Panigale S Senna ser uma esportiva de alta performance, não estava preparada e devidamente equipada para atuar em uma competição.

Esforço dobrado de todos os integrantes da equipe e alguns ajustes mecânicos, até o motor da 1199 Panigale S Senna roncar forte, reastando cerca de 30 segundos para o fechamento dos boxes. Um momento emocionante que rendeu aplausos de todos, inclusive pilotos e equipes concorrentes, a moto partiu para a pista, alinhando na 10ª posição do grid de largada.

Mesmo não estando em igualdade de condições com as demais motocicletas, Diego Pretel e a 1199 Panigale S Senna fizeram muito bonito, travando grandes batalhas ao longo das 15 voltas da corrida e fechando na 7ª posição, deixando para trás outras 28 motocicletas específicas de competição.

Para Diego Pretel, a experiência de pilotar a única 1199 Panigale S Senna disponível no Brasil durante uma corrida oficial de Superbike foi fantástica e inesquecível. “Sempre fui fã do Ayrton Senna. Para mim, foi um grande prêmio ter tido a oportunidade única de correr em um dos circuitos favoritos dele, com a moto que foi idealizada e projeta por ele. Não tem preço”, afirmou o piloto, que ainda lembrou: “tinha algo especial no ar aquele dia, algo como se a moto tivesse vontade própria e quisesse competir. Fico imaginando se tivesse sido preparada para a corrida. Certamente brigaria pela vitória”, completa.

Se para a Ducati o momento foi marcante, para o Instituto Ayrton Senna, parceiro da marca no desenvolvimento da 1199 Panigale S Senna, foi ainda mais especial. “Vinte anos depois, voltamos a Interlagos, palco de uma das mais emocionantes vitórias de Ayrton. Foi uma surpresa muito especial quando vimos a moto que leva o nome dele no grid de largada”, afirmou Mauro Ratto, Gerente de Licenciamento do Instituto Ayrton Senna.

A emoção, contou Ratto, ficou ainda mais intensa quando o piloto da Squadra Ducati Ribeirão, Diego Pretel, apontou na reta para a grande largada. “Foi a consagração quando a moto funcionou e partiu para a corrida há apenas 30 segundos do início. Realmente um momento inesquecível não só para nós, do Instituto, quanto para todos que estavam no autódromo. Um momento único e inesquecível que ficará para sempre em nossas memórias”, concluiu o executivo do IAS.

Ricardo Susini, Diretor-Geral da Ducati no Brasil e um dos mais animados com o feito, ressaltou o gostinho especial de ver a 1199 Panigale S Senna, que terá apenas 161 unidades comercializadas (referente aos números de corridas que o piloto brasileiro realizou em sua carreira), entrar na pista e brigar de igual para igual com as demais motocicletas.

“Fizemos o lançamento da 1199 Panigale S Senna aqui em Interlagos, como uma homenagem ao legado de 20 anos do piloto Ayrton Senna. Não esperávamos vê-la competindo na pista. Mas, este fato inusitado, junto com a fantástica vitória do outro piloto da equipe, fechou o final de semana como chave de ouro para a Ducati no Brasil”, conclui Susini.

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