Com o diferencial de ser a primeira moto on-off road do mercado com motor flex, rodando com etanol e gasolina em qualquer proporção, essa valente trail provou nos testes que é realmente “pau pra toda obra”.

Esbanjando leveza, ótima ciclística e manobrabilidade, se sai muito bem no dia-a-dia, encarando a buraqueira habitual de nossas ruas e o trânsito pesado com plena tranquilamente, sem tomar conhecimento das dificuldades.

Impulsionada pelo tradicional motor monocilíndrico de 149,2 cc, agora bi-combustível, gerando 14,0 cv de potência e 1,53kgf.m de torque no etanol e 13,8 cv de potência com 1,39kgf.m de torque na gasolina, trabalhando com injeção eletrônica e com câmbio de 5 marchas, a pequena se mostra bem valente.

Nos testes o resultado em consumo de combustível foi muito bom, oscilando entre 24,2 km/l e 35,1 km/l, sempre em uso urbano, variando a tocada e a proporção entre etanol e gasolina, proporcionando ótima autonomia, com seu tanque comportando 12 litros de combustível.

O modelo testado foi na versão ESD, que vem com freio a disco na dianteira e a tambor na traseira, e posso dizer que o sistema atende às necessidades, principalmente por se tratar de uma moto leve, pesando apenas 121 kg.

Pronta pro uso urbano ela já trás de fábrica o bagageiro, com alças de apoio pra garupa e base pra receber um baú, além de entrar como elemento de design pela apresentação visual arrojada e integrada com a moto.

Falando em design, a Bros vem evoluindo gradativamente a cada virada de modelo e no atual os destaques ficam com o novo farol, maior e mais eficiente, e com o ótimo acabamento – que é um padrão da marca japonesa.

O painel de instrumentos é simples, mas cumpre seu papel, trazendo em ênfase o velocímetro analógico, com hodômetros total e parcial, além de marcador de nível de combustível e indicadores luminosos.

O desempenho da Bros em pisos não asfaltados ou muito irregulares é muito bom, o que a capacita plenamente pro uso em áreas rurais, onde sua suspensão, com parte traseira em mono-choque, mostra ainda mais a sua qualidade, resistindo tranquilamente à buraqueira e imperfeições do solo, mantendo a segurança e conforto, além de influenciar em sua bela ciclística e desempenho nas curvas.

Por falar em conforto, a posição de pilotagem é muito boa, oferecendo ótima ergonomia também pra garupa. O banco que é um pouco estreito demais e um tanto duro, mas só incomoda em trajetos mais longos, que não é a proposta do modelo, uma vez que não é recomendável pra rodovias por sua baixa potência e torque, assim como demais motos de baixa cilindrada.

Incontestavelmente a Bros é um excelente custo-benefício pra quem procura uma moto ágil, econômica e ideal pro uso urbano, e poderá escolher entre as versões ES, com freios a tambor, custando R$ 9.000,00 e a ESD, com freio a disco na dianteira, custando R$ 9.300,00, ambas com partida elétrica.

Uma pequena muito versátil e valente, pronta pra encarar com você os desafios do dia-a-dia.

Ficha técnica:

Motor: OHC, monocilíndrico, 4 tempos, arrefecido a ar
Cilindrada: 149,2 cc
Sistema de alimentação: Injeção eletrônica PGM-FI
Potência máxima: Gasolina: 13,8 cv a 8.000 rpm; Etanol (álcool): 14,0 cv a 8.000 rpm
Torque máximo: Gasolina: 1,39kgf.m a 6.000 rpm; Etanol (álcool): 1,53kgf.m a 6.000 rpm
Transmissão: 5 velocidades
Sistema de partida: Elétrico
Combustível: Etanol/Gasolina
Capacidade do tanque: 12 litros
Tipo do chassi: Berço semiduplo
Comprimento x largura x altura: 2.060 x 810 x 1.138mm
Pneu dianteiro: 90/90-19M/C 52P
Pneu traseiro: 110/90-17M/C 60P
Peso seco:  120,9 kg (ES); 121,4 kg (ESD)
Cores: Preto, vermelho e branco

Assista à avaliação no programa Duas Rodas News: