Triumph Daytona 675R
Preciso confessar que considero a Triumph Daytona 675R uma superesportiva apaixonante, que impressiona pela beleza e performance, me fazendo arriscar a opinião de que é a melhor do mercado brasileiro em seu segmento.
Quando fui buscá-la em São Paulo, no primeiro contato tive uma sensação estranha, pois pareceu muito pequena para mim, com meu 1,95m de altura, mas a cada quilômetro rodado eu me encantava mais, pela performance, segurança e o belo ronco do motor. Acabei logo no primeiro dia de testes rodando mais de 700 km.
Dotada de motor três cilindros em linha, seguindo tradição da marca, com 675 cm³, despejando 128 cv de potência a 12500 RPM e 7,55 kgf.m de torque a 11900 RPM de forma muito bem dosada, mas que dá um verdadeiro coice a partir dos 9 mil giros, com total ausência de vibração. Conta com câmbio de 6 marchas de trocas precisas e suaves.
Seu belíssimo e impactante design, mesclando linhas agressivas e minimalistas, exibindo seus componentes estruturais como elementos estéticos, chama muito a atenção por onde passa. Contando com painel bastante completo e de fácil leitura, incluindo grande conta-giros analógico, com shift-light progressivo, e tela digital com velocímetro e demais instrumentos.
De fato a ergonomia não é das melhores, mas é dentro esperado para uma superesportiva, com postura onde o piloto fica bastante projetado para frente, o que em trajetos longos pode ser um pouco cansativo. O banco do piloto tem muito espaço de trabalho permitindo ficar bem próximo ou afastado do tanque, o que ajuda muito no posicionamento em curvas. A garupa é totalmente desfavorecida, com banco duro e pequeno, pedaleiras muito elevadas e sem alças para segurar.
Outro ponto negativo percebi na hora do ajuste dos retrovisores, que é um tanto limitado, e para minha estatura, por exemplo, não deu posição com a visibilidade ideal.
O sistema de freios é sensacional com pinças Brembo e ABS, de fábrica, permitindo extrema precisão, funcionando com maestria mesmo em locais com piso muito irregular. Em frenagens mais bruscas a resposta também foi excelente.
No uso urbano o motor aquece demais, jogando todo o ar quente do sistema de arrefecimento na perna direita piloto, mas apesar disso, por não ser muito robusta em termos de tamanho e pela excelente ciclística, se mostrou bastante versátil e ágil no trânsito das grandes cidades.
O consumo foi bem interessante, marcando cerca de 13,2 km/l no uso urbano, e na estrada oscilou entre 12,7 km/l e 15,1 km/l, dependendo da tocada, se mantendo em velocidade cruzeiro ou andando mais forte. E isso associado ao seu tanque de 17,4 litros de gasolina, proporciona uma boa autonomia.
A ciclística da 675R é fora do normal, permitindo uma inclinação extremamente avançada em curvas, e isso se deve em especial ao seu conjunto de suspensão, que conta inclusive com fácil ajuste, que pode ser feito manualmente, dispensando a necessidade de ferramentas para acertos básicos.
Na pista a Daytona mostra realmente a que veio, exibindo brilhantemente todo o seu potencial. Mérito também para os pneus originais, pois a máquina vem de fábrica com Pirelli Diablo Supercorsa SP, que permitem ao piloto usufruir totalmente da performance, com aderência fantástica, em total segurança.
Posso afirmar que, se existe perfeição em um projeto de motocicleta, a Triumph conseguiu chegar muito perto. E reforço o que já disse no início, apostando que a Daytona 675R pode ser classificada como a melhor moto do mercado brasileiro em sua categoria.
Ficha técnica:
Motor e transmissão:
tipo: Refrigeração líquida, 12 válvulas, DOHC, três cilindros em linha.
capacidade: 675cc
diâmetro: 76mm
golpe: 49.6
sistema: Injeção eletrônica multiponto sequencial, com dois injetores por cilindro
transmissão final: Corrente
embreagem: A banho de óleo, com discos múltiplos deslizantes.
caixa de câmbio: 6 marchas
capacidade de óleo: 3.6L
Sistema de transmissão e painéis do chassi:
quadro: Dianteiro com perfil de alumínio com dupla viga e traseiro com duas peças fundidas sob alta pressão.
Roda dianteira: Liga de alumínio fundido, de cinco raios, 17 x 3,5 polegadas.
Roda traseira: Liga de alumínio fundido, de cinco raios, 17 x 5,5 polegadas.
Pneu dianteiro: 120/70 ZR 17
Pneu traseiro: 180/55 ZR 17
Suspensão dianteira: Öhlins de 43 mm, garfos NIX30 invertidos com regulagem de amortecimento de pré-carga, rebote e compressão de alta/baixa velocidade, curso de 120 mm.
Suspensão traseira: Amortecedor único Öhlins TTX36 Twin Tube com dois cilindros internos e com reservatório, regulagem de amortecimento de rebote e compressão, curso de 133 mm.
freios, dianteiros: Discos flutuantes duplos de 310 mm, pinças radiais em monobloco com 4 pistões Brembo, sistema ABS como item de série.
freios, traseiros: Disco único de 220 mm, pinça de pistão único Brembo, sistema ABS como item de série.
painel de instrumentos e funções: Pacote de instrumentos com tela de LCD multifunções, velocímetro digital, medidor de combustível, computador de bordo, conta-giros analógico, contador de volta, indicador de marcha engatada, luzes de mudança de marchas programáveis, relógio, preparação para instalação de sistema de monitoramento de pressão dos pneus e sistema de freios ABS.
Dimensões e capacidades:
comprimento: 2045mm
largura do guidão: 695
altura sem espelho: 1112mm
altura do Assento: 830mm
distância entre eixos: 1375mm
ancinho: 23.0º
trilha: 87.9mm
capacidade do tanque: 17.4 Litros
peso líquido: 184 kilo
Performance:
potência Máx. EC: 128PS @ 12500
torque Máx.: 74NM @ 11900
Assista ao programa Duas Rodas News com a avaliação da Triumph Daytona 675R