Freios ABS e CBS passam a ser obrigatórios em motos novas a partir de 2016

Quem acompanha o Duas Rodas News há algum tempo já deve ter visto a matéria sobre a invenção e importância dos freios ABS em motos, onde, faço inclusive uma crítica às autoridades justamente pela demora em aprovar a obrigatoriedade de freios ABS e CBS como item de série em motos, até que finalmente saiu a boa notícia.

A resolução vale para motocicletas, motonetas, triciclos e quadriciclos fabricadas a partir de a partir de 1º de janeiro de 2016, que vão dispor, obrigatoriamente, de sistema antitravamento (ABS) e/ou do sistema de frenagem combinada das rodas (CBS), mas segundo o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) as diretrizes da Resolução Nº 509 determinam a implantação da nova medida de forma gradual, com isso as fábricas terão até 4 anos para ter 100% da frota produzida sendo liberada com freios ABS ou CBS, com 10% da produção em 2016, 30% em 2017, 60% em 2018 e 100% em 2019.

Para motos com cilindrada maior que 300 cc, produzidas no Brasil ou importadas, será obrigatório o uso de sistema ABS, mas em motos com cilindrada igual ou inferior a 300 cc as montadoras poderão optar entre ABS ou CBS.

Motos voltadas a uso militar, elétricas com velocidade máxima inferior a 50 km/h e modelos de off-road (fora de estrada), estão isentas da obrigatoriedade de sistemas avançado de frenagem.

De acordo com a ABRACICLO (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), que já declarou em nota o seu apoio à obrigatoriedade, ainda não há como estimar precisamente o impacto da inclusão do novo sistema de freios nas motos, mas fazendo comparação com diversos modelos que dispõem do ABS como opcional atualmente, a diferença oscila em cerca de 2 mil reais, dependendo do modelo, enquanto que nas motos pequenas o CBS fica em cerca de R$ 250.

É óbvio que o sistema CBS, com frenagem combinada entre as rodas dianteira e traseira, está longe de ter a mesma eficiência de um sistema ABS, anti-travamento de rodas, o que acaba sendo uma desvantagem para as motos de baixa cilindrada, uma vez que as montadoras certamente darão preferência na opção pela solução de menor custo, mas de todo modo vejo a resolução como válida pelo aspecto de notar algum esforço voltado à segurança do motociclismo, um fato raríssimo no Brasil.

Com isso, a única conta certa, que podemos afirmar desde já, é que com freios melhores e mais eficientes quem ganha é o motociclista brasileiro, que contará com mais um item de grande influência na sua segurança e preservação da vida.

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