Altos e baixos da Isle of Man TT: um lugar de extremas emoções, sejam positivas ou negativas

Só mesmo entendendo a cultura (de lá), para finalmente traduzir um pouco o que se passa na cabeça do público, equipes, familiares e principalmente pilotos que estão dispostos a encarar os perigos das ruas e estradas da prova on-road que mais registrou vítimas fatais em todos os tempos, a Isle of Man TT, realizada desde 1907.

Anteontem nosso piloto brasileiro Rafael Paschoalin sofreu uma queda, que felizmente não passou de um grande susto, com pouquíssimos prejuízos físicos e apenas dores para ele.

No entanto, ontem o piloto inglês e veterano, Bob Price, de 65 anos de idade, que disputava a classic desde 1992, infelizmente (na etapa da Supersport 1) veio a falecer em um acidente na terceira das quatro voltas da prova, e hoje mais uma morte, do também inglês Karl Harris, de 35 anos de idade, na categoria Superstock TT. Ampliando as estatísticas que já ultrapassam mais de 210 mortes.

Diante das altas velocidades nas avenidas e estradas da Ilha, o perigo torna-se exponencial, ainda se comparada às provas de circuito “curto” da modalidade (por exemplo), contudo, ninguém vai lá para se acidentar, há algo muito acima e diferente disso…

Trata-se de uma tradição centenária, uma cultura enraizada naquele povo, que reverencia veemente o passado e seus costumes. Trata-se (apesar das máquinas de última geração presentes), da forma mais primitiva de disputa, a essência deste esporte que nasceu desta forma. Disputas que nos trouxe a evolução e a disposição o que temos hoje em dia. Isso tudo, é o que eles (pilotos) carregam em suas mentes e corações. Segundo relatos de pilotos e público local.

RIP Bob Price e Karl Harris

Texto adaptado do original de Gian Calabrese

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